« O medo de falar em público, é uma doença ? »

La peur de parler en public, est-ce une maladie ?

« O coaching distingue-se na nebulosa do acompanhamento uma vez que se coloca ao serviço do desempenho profissional para pessoas que não são pacientes. » (PERSSON S .[1] 2008)

O medo de falar em público não deve ser vivido como uma doença. É normal sentir uma certa dose de ansiedade antes da tomada de palavra em público.

O coaching permite a todos os que tomam a palavra em público e sobretudo àqueles que se sentem tímidos, de se compreender e de ultrapassar o seu medo.

O subconsciente pode gerar informações negativas que influenciam as nossas emoções. Consideramos igualmente que a nossa mente é a central, a que comanda e dirige. Está à origem das nossas ideias, dos nossos pensamentos. O corpo e a mente reagem pelo princípio da ação-reação. É portanto essencial que os nossos pensamentos sejam positivos.

O exemplo de transformação do medo em fator positivo de concentração, que encerrou a última parte, nos demonstrou que o acompanhamento de um coach é benéfico para todas as pessoas que sentem esta ansiedade de tomar a palavra em público.

O filósofo EMERSON Ralph Waldo, declarou que: « o medo faz fracassar mais pessoas que qualquer praga no mundo ».

Em contrapartida « Se ousa libertar-se da pessoa que pensa ser, saber o que é ter asas » (FINLAY G. Citado por DELAHAUT F., [2] 2012 Groupe de Boeck s.a., 2012)

Esta reflexão abre portas no que diz respeito à utilização do coaching em muitos outros setores. Poderíamos institucionalizá-la ? Este desenvolvimento na empresa requer meios de progresso específicos. Poderíamos considerar um processo de formalização onde todos os que têm falta de confiança seguiriam um coaching. Qual seria neste caso o benefício? Penso que não haveria muitos benefícios. Consideremos as duas faces possíveis. O indivíduo beneficiaria de um acompanhamento personalizado que lhe permitiria desenvolver as suas capacidades que o levariam mais longe na sua carreira. Um jovem poderia assim ter sucesso profissionalmente ultrapassando os seus próprios receios. A outra vantagem diria respeito à evolução da imagem da nossa sociedade, a capital cultural e a capital política. Será o coaching resposta à problemática de numerosas pessoas confrontadas a ter de falar em público? Poderia inverter a classificação nos estudos relativamente aos maiores medos da nossa sociedade ? Reflexões a seguir.

[1] PERSSON S. ( 2008) article : les frontières du coaching selon les coachs

[2] DELAHAUT F., (2012) Le crime de l’orateur : Prise de parole en public Groupe de Boeck s.a., 2012